Sobre ama

A ama é uma associação ambiental dinâmica, moderna activa e independente, trabalha profissionalmente e assume a transparência como um valor cêntrico da sua actuação.

Actualmente a organização conta com mais de setenta Membros de diferentes origens representando a Assembleia Geral que juntamente com o Conselho de Direcção e Conselho Fiscal constituem os órgãos sociais – corpo estratégico. Cada um destes órgãos é constituído por um Presidente, Vice-presidente e Secretário.

Os Membros da ama desempenham um papel im­portante na organização pois para além de partici­parem nas grandes decisões estratégicas, estes abor­dam visões, ideias e valores básicos que sustentam os objectivos da associação.

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O número de Trabalhadores contratados pela ama aumentou significativamente e de forma qualitativa nos últimos cinco anos e nota-se um ambiente mais profissional a altura das exigências e desafios da organização. Actualmente ama conta com mais de 50 Trabalhadores assalariados com boa qualificação e experiência específica desejada na sua área profissional permitindo um alcance efectivo dos resultados almejados e definidos anualmente pela associação.

Como estrutura para operacionalizar as acções planificadas, ama instituiu uma Coordenação Executiva liderada por um Coordenador Executivo e conta com departamentos internos nas áreas de Administração e Finanças, Recursos Humanos e Património, Comunicação e Advocacia. Os projectos contemplam uma estrutura representa­da por um Coordenador, Oficias, Técnicos de campo, e Promotores.

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Historial breve da organização

A associação do meio ambiente surgiu da união de jovens movidos pelo interesse de salvaguardar os recursos ambientais, alvos de danos provocados pela erosão, derrube indiscriminado das florestas, assim como o abate de espécies protegidas de animais e nasceu a 19 de Maio de 1990 na Cidade de Pemba, Província de Cabo Delgado com a denominação de NUMA (Núcleo do Meio Ambiente). A ama foi reconhecida e autorizada a funcionar pelo Governador da Província a 31 de Janeiro 1991 e está registada no Boletim da República no 20, série III datado de 16 de Maio de 2007.

A ama teve o seu primeiro Plano Estratégico (PE) entre 2005 e 2007. O segundo compreendeu o quinquénio de 2008 a 2012 e estabeleceu como visão da organização; redução da pobreza através da gestão sustentável dos recursos naturais e do desenvolvimento institucional, identificando as principais linhas de acção bem como as áreas geográficas a ser prosseguidas a curto e médio prazo. O facto dos estudos realizados em Moçambique terem demonstrado existir relação directa entre a pobreza e o ambiente, determinou que a visão da ama se concentrasse na redução da pobreza.

Entre os dias 26 e 28 de Novembro de 2010 reuniu-se em Murrébué um grupo de 19 membros e funcionários da ama, dentre os quais 4 dos Órgãos Sociais, que iniciou um processo de ré-orientação estratégica. Neste seminário foram revistos os principais elementos da identidade da ama – Visão, Missão, Fim (ou Objecto) e Objectivos Específicos, assim como Valores da Organização e uma maior clarificação dos seus grupos alvo. No mesmo seminário foram esboçados os principais elementos do Quadro Lógico que constam no presente Plano Estratégico 2012 – 2016.

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Área geográfica de intervençãoAreas geograficas

Neste momento as intervenções da ama circunscrevem-se à província de Cabo delgado e abarcam a cidade de Pemba, os distritos de Ancuabe, Montepuez, Chiúre, Quissanga, Macomia, Ibo, Mocimboa da Praia e Palma com perspectiva a expansão para outros distritos na província.

Cabo Delgado esta situada na região norte de Moçambique, fazendo fronteira a Norte com a Tanzania, a Oeste com a província do Niassa, com a província de Nampula a Sul e a Este limitada pelo Oceano Índico. A província tem uma superfície de 82.625 km², incluindo 4.758Km² de águas interiores, têm uma população de 1,6 milhões de residentes e a densidade populacional ronda aos 20,5 habitantes por km².

Nesta província, situa-se o arquipélago das Quirimbas, constituído por 18 ilhas, sendo a maior a Ilha do Ibo, de relevante importância histórica. Cabo Delgado possui 17 distritos com uma multiplicidade de recursos naturais que vão desde o subsolo, com enormes riquezas ainda por explorar, como o petróleo, o gás natural, os minérios e as pedras preciosas, florestas ricas em madeiras preciosas, plantas medicinais e outros recursos não madeireiros e fauna bravia, assim como terras férteis para a agricultura e pecuária e uma hidrografia dotada de rios permanentes e sazonais, praticamente inexplorados. O mar possui uma imensa variedade de recursos e a suas costas e ilhas oferecem um potencial para o desenvolvimento turístico que só recentemente começou a despontar. A sua capital, Cidade de Pemba com aproximadamente 150.000 habitantes situa-se a uma das baías mais grandes e belas do mundo.

Cabo Delgado possui recursos naturais que poderão trazer prosperidade para as suas comunidades, mas que são, cobiçosamente explorados, sem ser tomado em consideração o seu uso sustentável, neste sentido poderão ser causa de desequilíbrios que provocarão a sua extinção e o comprometimento do benefício dos mesmos pelas futuras gerações. Apesar de Moçambique ser um país jovem, os últimos 20 anos – mais de metade da sua existência – viram surgir um rol de legislação que, de uma ou outra forma, procuraram prevenir a exploração desenfreada dos principais recursos naturais e garantir que as comunidades onde estes recursos existam possam, de forma sistemática, beneficiar sempre da sua exploração, directa ou indirectamente.

Contudo, o grande desafio não está na falta de legislação reguladora da exploração dos recursos e da protecção ambiental, mas sim na sua aplicação efectiva, tanto por parte das entidades oficiais como pelos concessionários das explorações e pelas comunidades envolvidas.

O papel da ama como organização vocacionada para a protecção ambiental e para a promoção do uso e preservação sustentável dos recursos naturais nunca esteve tão actual e nunca foi tão premente e necessário como actualmente. O alinhamento dos objectivos da ama com os objectivos do Plano Anual Para Redução da Pobreza (PARP) e do Plano Estratégico Distrital (PEP) de Cabo Delgado, cruzando-os com os Metas de Desenvolvimento do Milénio (ODM), permitirá à organização um maior enfoque nas prioridades das comunidades e na defesa do Meio Ambiente.